As vezes me pergunto se valeu a pena ter tido todo o trabalho que tive para montar um blog sendo que as postagens que faço são extremamente distantes uma das outras.
Seja como for, me senti com vontade de escrever e como estamos na era da nuvem ( e já me ferrei perdendo meus dados no hd ) achei por bem colocar aqui, para a posteridade.
Seja como for, acho que nem preciso explicar o que eu sentia no momento em que escrevi isso e na verdade, é como me sinto ainda.
Vida rio, vida mar.

Quase toda minha vida eu vivi em uma cidade cortada por um belo e majestoso (porém) judiado rio.
E assim percebi que minha vida era como ele.
Nesse rio, as águas correm sempre em uma direção (ou alguém já ouviu falar de algum rio em que as águas mudam de direção?), nunca parando, nunca voltando, indo sem sequer olhar para trás, para a nascente de onde brotaram e de onde começaram a sua jornada.
Assim era minha vida, uma sucessão de coisas que vinham, passavam por mim e seguiam seu caminho. Eu era como o pescador que senta a margem do rio e torce para que algo fique em sua rede ou vara de pescar, exceto que não tenho rede nem vara.
Por anos a vida me trouxe várias coisas, apenas para levá-las embora, logo em seguida. Amores, alegrias, paixões, desejos, sonhos, tudo veio, passou por mim e tudo se foi.
E de tudo isso, só me restou o nada, um vazio que não se consegue preencher e vai tomando conta de nossa alma.
E com isso descobri que não fica um vazio, um nada. Nós somos o vazio, nós não somos nada.
Somos menos que pescadores sentados à margem da vida, olhando e torcendo para que algo fique realmente com a gente.

Depois de muitos anos, me mudei para uma cidade onde não há rio, porém há o mar. Pode-se até correr o risco de soar ridículo e dizer que é tudo a mesma coisa, um monte de água, com um monte de peixes e por ai vai, mas não é mesmo, nada parecido.
O mar tem suas ondas, que banham as praias trazendo e levando suas águas e, às vezes, deixando algumas coisas.
Minha vida mudou e agora é mar.
Agora vejo algumas coisas que passaram por mim voltando, indo e vindo e entre isso, ficando o tempo que acham conveniente. Novos e velhos amores, novas e velhas alegrias, novos e velhos desejos e novos e velhos sonhos, tudo indo e voltando, em ondas ora suaves, ora selvagens.
Mas indo e vindo ou apenas seguindo em uma única direção, o resultado final é sempre o mesmo vazio, o mesmo nada. E depois de todo esse tempo, entre rios e mares, vendo ás águas rolarem e tendo desejado algumas vezes ser levado por elas, à única certeza que posso dizer que tenho, é que não somos nada nessa vida.
Quando o rio corre e passa por nós, nos atropelando, leva tudo o que pensávamos possuir e nos deixa com o que temos de verdade: Nada!
Quando o mar beija as areias da praia e ao voltar, deixa algum presente para nós, ainda assim não temos nada, pois logo ele volta e toma o que é seu.
É isso que somos nessa vida, meros pescadores, sem vara ou sem rede, apenas vendo as águas correrem e lutando para não sermos afogados por elas.
Mas no meu caso, estou cansado de lutar.
Tudo o que quero é me afogar...
Quem sabe assim, consigo ser parte dessa correnteza, consigo ser parte da vida...
Um comentário:
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